amianto-kid

contar como foi. ah foi assim.

senti, dia desses, a necessidade de criar uns nomes. o arnaldo antunes disse uma vez assim q não existia nome para o seguinte fato: um montinho de terra entre as mãos(dadas)de duas pessoas caminhando juntas. por aí. mas foi q eu me dei conta q precisava nomear, para facilitar o acesso, alguns fenômenos importantes da minha vida. dar-lhes nome seria, desconfio, uma forma de subjugá-los. pq ou sou ele ou são eles.

pra vcs saberem. precisava nomear o empoeirado das minhas coisas, a camada de poeira que inevitavelmente vem se instalando sobre meus objetos e subjetos. eu fui mexer nuns cedês antigos, e lá estava Príon. fui tentar resgatar um par de meias menos sujas no meu balaio de roupas sujas, intocado há quase um mês, e lá estava Príon.

Príon machuca as mãos, sem q elas doam. nada disso. não é dor, nem incômodo, nem machucado, nem gastura. gastura. gastura diz bem o que seja o contato com Príon. taí.

convivo com Príon, ele tem feito parte da minha vida, ultimamente. qdo me lembrar desses tempos, vou pensar: tempos vividos sob o signo de Príon.

falando nisso, qdo me lembrar deses tempos, do que mais vou lembrar? Luminens. Luminens é o escuro do presente que se revela ao que transcorre Tempo. cintilante Luminens, pacífico Luminens.

O escuro do presente tb merece nome. inominado, todavia, permanecerá, dado viva (viva?) sob o signo do Não.

do escuro do presente, manchado de Príon, buscando a todo custo Luminens, envio essa carta à humanidade, prometendo um dia voltar, e voltar armado. amianto-kid, o herói da eternit.

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