Porcas no estúdio

o apartamento que o porcas borboletas alugou em são paulo está de frente a uma das fachadas do edifício copam - a fachada traseira, se é possível apontar traseiras ou dianteiras em uma obra de arte.

não poderia haver paisagem mais instigante.

da janela do apê, vê-se o grid multicolor das muitas janelas. nessa, o flash purpúreo e instantâneo das televisões ligadas. noutra, a tristeza de uma árvore de natal iluminada. a verdade é q, grande parte do tempo, a rapaziada fica debruçada na janela, assistindo ao que a gente chamou a tv copam.

o estúdio el rocha, onde estamos gravando, parece uma nave. quem pilota é o sereníssimo e ultracompetente fernando sanches. gravamos as bases ao vivo, numa performance inesquecível de nossos meninos-mais-novos (nunca mais esquecê-la, até porque gravada está): vi, rafa e moita.

a gravação das bases foi feita em sistema analógico, e o legal é q, gravadas todas as bases,o disco começa a se apresentar. tá tudo quase completo já, de modo que o desafio agora é, mais q inventar, DESCOBRIR o que pede cada música.

aos poucos vamos mandando mais notícia.

por enqto, segue esse videozinho, q o banzo preferiu chamar de teaser. ele diz um pouco disso tudo aqui.

saravá, god bless we all.


café expresso - notícias aí

mandando notícias mal-redigidas daqui dessa lan house no simpático bairro da pompéia, em são paulo.

hj, sabadão, a partir das 21 horas, o porcas borboletas faz show no sesc pompéia, dentro da mostra mineira de arte contemporânea. morrem 8 reais pra quem tem carteirinha de estudante falsificada, e 16 reais pra quem não tem.

hj, sabadão, e amanhã, domingueira, o nosso wagner schwartz apresenta o placebo 2008, entrada franca, no espaço do grupontapé, rua tupaciguara, em uberlândia (por favor, quem não viu cria tipo e vai ver, pq é coisa grande)

e ontem, sexta-feira, tb em uberlândia, teve show do arrigo barnabé, acompanhado da diviníssima vânia bastos e do é-o-cara paulo braga. ótima ocasião para esse q vos escreve se despedir da uberlândia. despedi-me, aqui estou (estamos) em sampaulo, prestes a fazer show no glorioso sesc-pomp, e a iniciar as gravações do segundo disco do porcas.

estejamos juntos.

já já volto a escrever mais.

love loving.
- é o amor que deixa a gente velho, não o tempo.
- eu tô lendo um livro q fala q a paixão é pior. a pessoa fica boba. mas pelo menos rejuvenesce, né?
- a paixão é um contra-tempo.
- esse cara do livro, q é psico-alguma-coisa (ólogo, atra?), diz q não gosta de atender (cli, paci)ente - apaixonado.
- pra ele, deve ser igual conversar com bêbado.
- já viu bêbado sem paixão? é a coisa mais deprimente do mundo. bêbado apático.
- a grande paixão do bebum é a cachaça.
-
- vejo que o tempo lhe caiu bem. imagino que o amor tb lhe caia.
- bom verbo, em se tratando de amor: cair.
- e vc? fala um pouco de vc.
the world is just beginning

yellowfinger

eu tenho um negócio q é paixão pela radicalidade em arte. não adianta vir com chororô, me chamar de vanguardinha, de o caraio. nem adianta vir com papo de ah é independente então é bom. eu escuto caetano veloso diariamente, então o esquema tem q ser arrochado pra dividir espaço no meu playlist. por incrível q pareça, apesar de trabalhar com música, ainda escuto sons aê. escuto pelo menos 3 discos por dia. conheço pelo menos 3 discos por semana. me gabando? claro, pra que serve um blog? é q eu li isturdia essa provocação: a de q hj em dia o músico só escuta musca dele, só pensa nisso. perfeito. comigo tb é assim, e não é. não existe, na minha vida, in q não seja out, nem out q não seja in. ouvindo sons de outros artistas, penso no meu trabalho. trabalhando, penso nos sons dos outros.


(fissuradíssima pra escutar o disco novo do david byrne com o brian eno)

então esse post vem pra dizer a minha alegria em conhecer um artista como o yellowfinger. o chelo (aka yellow finger) eu conheço das antigas, desde os tempos do dead smurfs. feliz a banda q consiga por três faixas chamar o santo como o DS chamava (a banda não toca mais). nunca vi tanta urgência, tanto sangue. nunca vi uma resposta tão bem elaborada a esses tempos nossos. o DS era sapato moendo no chão bituca de cigarro em brasa. rapt: cuspida.

e os caras tão esparramado aí. todos absolutamente geniais. dentre eles, o chelo, yellowfinger.

pode ser considerada arte a aventura de pegar uma balada com ele? pega. aí vc vai entender o q é verve demolidora, o q é a benigna violência.

radical até a tampa, yellowfinger está em início de processo.acabou de montar o myspace. postou umas coisas bem toscas, q eu adorei. nada pode ser mais gostoso, nesse universo da arte, q ver um grande artista em processo, elaborando, montando myspace, manipulando seus signos.

então segurem aí um video do yellow, realizado em parceria com o comparsa stonewood (trilha sonora original). segue tb uma fotonovela (clique para ampliar)

e é isso. bendito seja Seja, o deus do pé na estrada, o deus da mão na massa, o deus do pau no cu.




boscolices...


ARTISTA LANÇA NOVO PROJETO CONCEITUAL

Artista multimídia, Danislau Também lança na noite de hoje em seu ateliê/residência seu mais novo e ambicioso trabalho plástico intitulado: ‘PÉ NA LAMA’. Trata-se basicamente de uma casa com vasilhas sujas, banheiro sem lavar, chão a pó e água seca, energia cortada, enfim, um trabalho conceitual que tenta mostrar, de forma visceral, a alma e sensibilidade do artista que se preocupa, e tenta passar, um pouco da realidade da vida cotidiana do homem médio desorganizado. Capiau de Patos, Três Marias e Abaeté, Danislau buscou na cidade grande seu espaço e depois do lançamento de diversas performances mal sucedidas, como a famigerada ‘Furta Copos’, conseguiu lançar livros, CDS, vídeos e agora busca em seu novo trabalho o reconhecimento definitivo no meio artístico cultural do cerrado. Perguntado sobre seu novo trabalho disse apenas, de forma clichê, que ‘está muito feliz’.



Esse relise aí quem postou foi meu bom e velho amigo, a verve mais incendiária do centroeste mineiro, o giordany de boscoli. tá no blog dele, o boscolices. eu mesmo não sei q dia é a vernissage. qq coisa, vejam com ele. assim é a vida boa, ir rindo. só a antropofagia nos une, e o gio bobs sabe disse.