terceira pessoa

o hudson acabou de atribuir a mim a seguinte frase

o homem sem chifre é um animal indefeso


aí eu perguntei: eu disse isso mesmo, bro?

disse sim, lá na sua casa do santa mônica



(a vida é boa)

jambolada

todo ano, antes de ir pro jambolada, eu escuto memory of a free festival, do david bowie

meus amigos todos estão num corre-corre danado, cruzando a cidade com o celular na mão, conferindo os mil oks. q leva os meninos a tanta movimentação?

A JAMBOLADA !

que começou ontem, lindamente, como sempre. muita gente, quanta beleza.

e hj tem mais. de tarde agora mesmo, às 16 horas, tem uma mesa da jambolada literária. xico sá vem aí, mil tererês. alex antunes já está na cidade desde quarta. e o rui mascarenhas chegou ontem. que beleza. eu e robisson sete, junto com esses malucos, participamos da mesa. dsmais legal.

e de noite são os vixe marias.

ó a programação aqui

www.jambolada.com.br

luar como esse do ser tão

não há vida depois da morte
pq se houve vida depois da morte
o que não houve foi a morte

bandeiras no vento de são carlos

são carlos ontem foram luzes nas dezesseis pontas da rosa dos ventos

o fenômeno da luz elétrica ainda impressiona

estou com daniel belleza e paulo barnabé diante de três mastros de bandeira, nus de qualquer tecido. paulo lança a enquete: q bandeiras vcs penduravam nesses mastros?

primeiro a responder foi ele mesmo. na primeira bandeira, a foto de uma mulher nua. na segunda, uma tocha, uma super tocha, acesa. na terceira, ele mesmo, vestido de romano, ramo de folha sobre as duas orelhas e tudo. de imperador.

a free mind do paulo faz a gente rir delicioso ontem.

daniel belleza produziria 3 bandeiras amarelas, as três juntas formando a frase, cada palavra em um tecido: NÃO ESTIVE AQUI. a letra é pink rosa.

ricardim apareceu e disse q a bandeira dele seria a bandeira do PT. O Partido Transparente. Uma bandeira translúcida, virgem de qualquer imagem. minha mente tentou empurrar a imagem de uma bandeira de plástico, a única q julgou capaz de transparência. não, minha outra mente retrucou. é tecido, e é transparente, a bandeira do ricardim.

pra hj de manhã eu ter ido na igreja da praça da igreja com cúpula. fui lá agradecer a curvatura daquele teto existir. dou por mim na segunda nave, a sacristia, onde queimava pra sempre a luzinha elétrica vermelha querendo ser fogo. nos vitrais , muito azul, algum amarelo, vermelho quase nenhum. os vitrais estão acesos, e o arredor é um incêndio frio, azulado. nem alegre, nem triste, nem poeta: santo.

e fui eu o escolhido para colher o sorriso meio débil do senhor que achou por bem amanhecer na inutilidade de pousar os joelhos sobre o macio da almofada do banco da sacristia.