olha, confesso q estou cagando e andando pra essa reforma ortográfica. cada um escreva como quiser. a linguagem é livre, a língua está aí. fiquei um pouco triste quando fui ler a folha e vi escrito "ideia", "geleia", sem acento. e, juro, não é por conservadorismo. eu mesmo tenho preguiça de acentuar (quase nunca uso o trema). fiquei triste pq não acredito nessas coisas q sobrevêm por canetada, principalmente qdo o assunto é linguagem. em matéria de criação humana, nada se compara à linguagem, com sua infinita capacidade de renovação e depuração. sozinha, sem regência oficial, a linguagem sempre se faz fresca, e eficaz.
dizem q isso tudo é pela unificação da língua portuguesa. vão todos à puta q os pariu. não acho interessante unificar pela uniformidade. q tal unir na multiplicidade? querem vcs, engravatados ou enfardados, unificar a língua? vamos ver aí então umas políticas de intercâmbio. vamo facilitar o trânsito de nossas expressões pra lá e a deles pra cá.
adoro ouvir e ler um português diferente do meu. a do ro.
então tô achando essa reforma uma coisa careta, bem a cara da academia brasileira de letras: coisa de quem tem nada pra fazer. ainda não tomei conhecimento das mudanças, nem vou tomar, deliberadamente. sei q aos poucos vou sacando qual é. se interessar, adoto, pq não? se não interessar, não adoto, pq sim?
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13 comentários:
"unificar pela uniformidade".
assino embaixo.
Agora vc foi sacana ...
disse tudo q queria ter dito!
Deviam eram institucionalizar a estupidez erudita. Explico: o cara se torna PhDão em letras e, imediatamente, passa a receber um salarião por mês SEM QUALQUER OBRIGAÇÃO DE CONTRAPARTIDA. Ou seja, ele não precisa escrever, ler e, principalmente, PENSAR mais nada para justificar seu salário-existência. Assim a gente ficaria livre de idéias geniais, crítica vendida, prêmios viciados, antologias caça-níqueis, Haroldo de Campos e reformas ortográficas encomendadas pela Microsoft - que não agüentava mais fazer duas versões do Word para uma língua complexa e pouco falada como a nossa.
Resultado da presepada: eu nunca mais vou comer lingüiça.
Ah, foda-se.
penso como pensa o Schwartz. clono o referendo.
ainda bem q num dou atenção pra este português ai faz um tempão...
falo brasileiro, esta língua tão rica que envolve o português, diversas línguas africanas e indígenas, além de pegar um monte de palavras e expressões de outras línguas (ingrêis, francêis, italiano, etc) comê-las, mascá-las e incorporá-las, sem o menor pudor... além de conviver com dezenas de variantes nos estados do brasil brasileiro...
deletem a gramática da língua, formatem a vontade de dominar algo que está na boca de cada um e cada um use do jeito que quiser, se quiser...
je ne have anything a ver com isto...
Marcus Tulius Morais
olha, como o Danislau, não sei o que tá rolando nessa tal reforma ortográfica. mas vi na tv uma matéria falando q o objetivo era aproximar a Língua Portuguesa falada em diferentes países, com a maior cara de pau! nesse dia dei muita risada, claro! querem salvar algo que há muito morreu prás bandas de cá. Depois, como? gente, como uniformizar a linguagem de povos de continentes diferentes?! mesmo no Brasil isso seria impossível, vai me dizer q é fácil um gaúcho trocar idéia um paraense ? - só com algum esforço!
q poder é esse q sobe a cabeça desses intelectuais que os faz crer que isto seja possível?!!!
mas confesso q fiquei um pouco triste com aquela informação: doutores da língua que são, deveriam saber que ela não é construída por alguns! podem nos obrigar a muita coisa, mas não qto ao o que e como falar!
e pra mim, continuar dizendo que no Brasil se fala português é de um provincianismo tão decadente.
euzinha vou continuar usando o brasileiro que aprendo desde q nascei e pronto.
então, eu sou lingüista, ainda com trema. mas acho q essa pode ser uma forma romântica de ainda me amarrar ao passado. acho q reformas ortográficas precisam existir, sim, senão estaríamos ad infinitum indo à pharmacia ou ao theatro.
como fazemos parte de uma cultura móvel, não temos uma língua fixa, acho interessante que isso também apareça em sua norma culta.
algumas regras ainda me parecem estranhas e, claro, esse estranhamento também é necessário, é natural e, acima de tudo, questionável. mas (uma dica), ele não deveria mexer tanto com as emoções ao ponto de sair por aí atirando deuses de barro nos outros - menos um pouco: não aprendemos a fumar?
falo no plural sabendo que a estrutura dessa fala deveria ser no singular. mas a criatividade, essa ilustração simbólica da linguagem, não termina nas regras - a não ser que alguns queiram (no plural).
menos preguiça e raiva.
mais prosa.
beijos, danislau.
w.
Em nome da boa língua, desconsiderem o meu "eram" no começo do comentário.
Aliás, desconsiderem o comentário inteiro. Fiquem só com a parte final: foda-se.
ai q preguiça dessa conversa!
fui!
Achei e repasso.
Do João Ubaldo Ribeiro:
"A reforma ortográfica não enriquece em nada o idioma, mas alguém enriquecerá com ela".
Entrevista completa sobre o tema (e o trema):
http://stat.correioweb.com.br/cbonline/2009_01/joao_ubaldo.pdf
Como vai?
Me diverti bastante lendo este post....
Sou reporter de um jornal e 'tive que fazer' uma materia sobre a unificação da língua portuguesa, e quis mandar a merda tbm todos que disseram a respeito!
Adorei! Demais, bom visitá-lo, bom demais....
Beijos
Danilim, porque o povo fica te mandando beijo hein cara?
bom, senhor rob son cruz, acho q essa pergunta nao deveria ser feita ao danilo (que quase nao tem nada a ver com isso), mas para quem manda o beijo. em meu caso, esta 'e a forma afetiva que encontro para dizer que o danislau nao se finaliza somente na normatividade machista. ele 'e um homem trans-criativo - se vc 'e amigo dele, deveria saber disso tambem, ou nao?
enfim, so queria tentar responder sua duvida visto q, como a maioria dos machos, me parece q vc nao conseguiu postar algo que va extender a criacao de um discurso (como no caso, o texto sobre a ortographia), mas parou na superficialidade do gesto (o beijo). se fosse porrada, nao teria problema, ne?
um beijo pra vc tambem,
w.
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