ícaro de walk man

valham-me as onomatopéias para tombo, serão elas válidas tb para som de trovão?

conheci o chão da avenida joão naves numa noite bonita e fresca. o tempo: buraco pneu ar desgoverno...

o sei qto tempo de desgoverno foi momento de luz e dor. tive tempo para escolher como cair. leia bem rápido: protege a cabeça protege o saco oferece o braço pra insensibilidade desse asfalto devorador.

como diz o outro, lona.

outro momento cheio foi checar se estava tudo bem. não sem antes arrastar com a mão salva a bicicleta cavalo caído sem vida até o canteiro.

minutos respirando ofegante, intoxicação das mil adrenalinas.

hj catando feijão nesse teclado com a mão salva, o gesso inclemente no braço oposto esperando o q quero escrever nele: que venha abaixo, chelo, já quis demais alguma coisa já?

quero escrever tb a explicação dos fatos, sugestão do chelo. caiu de bicicleta numa noite de terça-feira na avenida joão naves de ávila, por ter furado o pneu dianteiro.

a explicação metafísica vai pro gesso metafísico: caiu porque estava voando, o vôo continua mesmo com o corpo abatido, abatido mas nem tanto, não está lá um corpo estendido no chão.

4 comentários:

Maria Cláudia S. Lopes disse...

huhuhauhauhauhauhauhauha
adorei o título...
ô judiação gente...caiu foi?
pode não sô...que bom que está bem

Anônimo disse...

Luva, capacete, câmara de ar e pneu novo. Só te falo isso.

Mara Faria disse...

Ô, Danilo. boa recuperação. de tudo, feito texto. bom encontrar seu blog. bjo

Pandora disse...

tombo mais interessante que já vi... parece até que valeu a pena.