o fim das coisas é mais final, qdo o meio e o começo foram de incêndio.
(o acendimento intenso de repente apagado é que causa o choque a que chamamos saudade)
mas o goma, pra mim, nunca foi espaço de paz
amor e ciúme, paixão, muito ciúme, pq a noite não esteve para brincadeiras. e estamos todos reféns de um deus anônimo, objeto-de-adoração-não-identificado, deus traquinas desconhecedor dos futuros
de noite, no goma
a cerveja na cabeça, transtornando.
as dolores, as tristezas, o luto. como dói o olhar da ex-namorada bonita e triste no goma - long neck na mão.
eu morri foi no goma.
o goma de noite foi um anti-colo. recolheu, com coragem, os nossos eros e nossos tânatos, nosso azul e nosso cinza, pra esparramar tudo no chão. como pisadores de cacau da novela das 8 da globo, balançamos o quadril ao que pisoteamos nosso chocolate. que rito será esse, as pessoas embaladas nos saguões do goma?
as dores do mundo, doendo no goma.
o sentimento do mundo.
de banho tomado, no goma
desenhou-se exu maternal, no goma oceano foi que desaguaram as máguas de uma enxurrada-madrugada
amor pelo goma, demais, pq foi bonita a subida.
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