Tirou a palavra da minha boca quem ia falar.
Falo eu ou fala você?
O circuito da informação, dentro de mim, infelizmente tem mão única. Ou escrevo ou leio. É in ou out. No momento, estou in, yin. Lendo todas aquelas coisas - lispector, rosa, fonseca - que por algumas semanas me fazem calar a boca.
Às vezes o silêncio atravessa meses.
Seria o caso de ficar calado, frente a essas produções geniais?
Autor, um personagem do rubem fonseca, teria dado essa lição ao jovem escritor: "menino, escreva o SEU livro".
Ante essa lição, silenciar, acender a tela do computador, mandar brasa. o que restar de cinzas ao pó voltará.
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3 comentários:
entendi
tarefinha complicada essa.
Não se esqueça que as palavras não fogem do circuito genético-muscular-repleto de ossos essa coisa viva que muitos chamam humano elas fatalmente sobrevoam nossas cabeças com aeroplanos estragados e caem em nossos pés sem pedir permissão pois toda vez que queremos escrever algo elas fogem se escodem e levam consigo as vírgulas e os pontos só não as escravizamos porque às vezes temos medo delas e de que ela nos afogue num lago repleto de sangue.
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