escrever é se submeter à alguma censura, sempre.
não há escrita livre. escrita livre é o caralho.
escrita livre, livre mesmo, só se for escrita pra si. o leitor é um censor involuntário, coitado. mas escrever pra si não chega nem à categoria de punheta. se chegasse, ótimo. escrever para si é enterrar osso.
qdo o censor está na outra ponta, lá na frente, leitor-sensor, tudo bem. foda é qdo o censor está do lado. eu mesmo detesto escrever com a porta aberta. ser surpreendido escrevendo pra mim é o mesmo q ser pego cagando.
curioso por saber o q se revelaria se eu aprofundasse a liberdade do meu hiato de escrever. deixa eu passar uma colher na peneira, ver o q ficou retido, o que não veio à luz. ah não. só passou papinha.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Sim... escrita livre o caralho... compartilho muito desse sentimento, se tem a expectativa de um leitor tudo muda.
Os troços que escrevi pra ninguém ler nem eu suporto ler, nem mesmo enterrar.
Quando não é pra ser lido parece que fica mais completo e puro se for só pensamento.
Publicar é parir, é libertar-se, é liberar espaço na memória RAM.
A idéia mais fantástica ocupa tanto espaço quanto a mais imbecil.
Escrever pra si mesmo não tem fim, é edição/revisão eterna do texto.
É uma gestação indefinida.
É comer a Mônica Belucci e não poder contar pra ninguém.
massa o texto charazim...
só que de vez enquando escrever sem auto-censura rola muito...
ainda que eu não saiba se isso é possível...totalmente...
tento como um exercício..mesmo que seja pra rasgar depois..a gente se conhece mais assim..na intimidade do trono...do que no desenhinho que mostramos pra mamãe.
adorei o texto, mais que o texto a idéia.
tentarei amanhã escrever sem censura pq hj nao da.. ja to me censurando no que escrever. penso q so escrevo sem me cortar qdo nao escrevo! por isso ainda nao comprei um diario... vou comprar amanha.. prometo!
Postar um comentário