avante!
gasolina no asfalto molhado é arco-íris pra quem tá com long neck na mão.
passa a noite em culto a dionísio, amanhece uma terra roxa na beira do rio nilo, de tão fértil. vai passear no shopping, comove-se com o esmero dos gerentes, dos garçons, dos seguranças. vê por trás do uniforme. percebe a faxineira: índia, lembra sua mãe.
existe mais filosofia do que coisas entre o céu e a terra, e o uso do cachimbo deixa a boca torta. convalesce do mal identificado pelo doutor fernando pessoa, a doença dos olhos, causada pelo vício de pensar. assim que estiver curado, pensa em passear no shopping, olhar vitrines, o é do sim, uai; flagrar o momento e suas representações.
anota insights para postar em blog. o último: de como se formam os espíritos. por "espíritos": fantasmas, entidades, etc. Algumas pessoas morrem e permanecem, não apenas como signo (uma coisa substituindo outra), não tanto como em carne e osso, mas como um meio termo, um modo de presença destituído de corpo mas constituinte de uma imagem de si na mente de outrem, a quase-substância. nisso se iguala à presença física, porque o visível, mesmo existindo por si, para quem vê existe enquanto percepção. considerado assim, um espírito existe, de fato, mas nunca por si, objetivamente. como se formam os espíritos? eles se formam na medida em que possam ser acessados, visitados, incorporados. whalt withman conversa com seu futuro leitor. o poeta japonês bashô, cujo nome-apelido significa bananeira, prenunciou que, nos tempos futuros, estaria presente quando alguém visse uma bananeira e se lembrasse dele.
a existência dos espíritos dá testemunho de outros tempos, vivenciados por todos, compreedidos por ninguém.
o poder de exu: matar o pássaro de ontem com a pedra que atira hoje.
gasolina no asfalto molhado é arco-íris pra quem tá com long neck na mão.
passa a noite em culto a dionísio, amanhece uma terra roxa na beira do rio nilo, de tão fértil. vai passear no shopping, comove-se com o esmero dos gerentes, dos garçons, dos seguranças. vê por trás do uniforme. percebe a faxineira: índia, lembra sua mãe.
existe mais filosofia do que coisas entre o céu e a terra, e o uso do cachimbo deixa a boca torta. convalesce do mal identificado pelo doutor fernando pessoa, a doença dos olhos, causada pelo vício de pensar. assim que estiver curado, pensa em passear no shopping, olhar vitrines, o é do sim, uai; flagrar o momento e suas representações.
anota insights para postar em blog. o último: de como se formam os espíritos. por "espíritos": fantasmas, entidades, etc. Algumas pessoas morrem e permanecem, não apenas como signo (uma coisa substituindo outra), não tanto como em carne e osso, mas como um meio termo, um modo de presença destituído de corpo mas constituinte de uma imagem de si na mente de outrem, a quase-substância. nisso se iguala à presença física, porque o visível, mesmo existindo por si, para quem vê existe enquanto percepção. considerado assim, um espírito existe, de fato, mas nunca por si, objetivamente. como se formam os espíritos? eles se formam na medida em que possam ser acessados, visitados, incorporados. whalt withman conversa com seu futuro leitor. o poeta japonês bashô, cujo nome-apelido significa bananeira, prenunciou que, nos tempos futuros, estaria presente quando alguém visse uma bananeira e se lembrasse dele.
a existência dos espíritos dá testemunho de outros tempos, vivenciados por todos, compreedidos por ninguém.
o poder de exu: matar o pássaro de ontem com a pedra que atira hoje.
Um comentário:
"A doença dos olhos, causada pelo vício de pensar" é um pensamento fantástico. Tenho tido um vício ultimamente de pensar em não pensar demais. Ao mesmo tempo reflito muito sobre isso: Será que estou me emburrecendo?
A idéia de espirito enquanto fenômeno dado à percepção é inegavelmente coerente: Existe.
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